Quem vive de aluguel poderá desembolsar 24,52% a mais na renovação do contrato anual, a serem pagos a partir de dezembro. O índice que serve de base para o reajuste de aluguéis, Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 3,28% em novembro e já acumula uma alta de 21,97% no ano. Já nos últimos 12 meses a valorização chega a 24,52%. Os dados foram divulgados nessa sexta-feira (27), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os reajustes em contratos anuais de aluguéis vencidos em novembro podem ser feitos com o valor de 24,52%. Dessa forma, um inquilino que gasta mil reais ao mês com aluguel pode passar a pagar R$ 1.245,20 a partir de dezembro, com a renovação. O percentual de reajuste fica bem distante do percentual de novembro de 2019, que registrou alta de 3,97% para o período de 12 meses.
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Segundo a FGV, o encarecimento dos aluguéis não está relacionado a fatores do mercado imobiliário, mas sim ao setor do agronegócio, principalmente às commodities.
O indicador IGP-M é formado a partir de outros três índices. Um deles é o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que subiu 4,26% em novembro, ante 4,15% em outubro. Dentro dele está o grupo das matérias-primas, que mais teve influência nesse percentual. Elas subiram 5,60% em novembro, ante 5,55% em outubro. Contribuiu para esse avanço a valorização do milho em grão, café em grão e algodão em caroço.
“O avanço nos preços de commodities agropecuárias importantes consolidam o IPA como índice a contribuir para o avanço da taxa do IGP. Nesta edição, destacaram-se milho (10,95% para 21,85%), trigo (2,32% para 19,20%) e bovinos (6,92% para 7,40%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Além do IPA, o indicador IGP-M também engloba outros dois índices relacionados a preços praticados no varejo para consumidores (IPC) e na construção civil (INCC). Cada qual tem um peso no cálculo feito para o índice que reajusta o aluguel, que são 60%, 30% e 10%, nessa ordem.
















