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Economia Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2022, 07:15 - A | A

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AGROINDUSTRIALIZAÇÃO

Com novas usinas, MT passará a industrializar 27% da safra de milho em 2023

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O consumo de milho em Mato Grosso deve aumentar mais de 7% em 2023, aponta o boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na tarde desta segunda-feira (12). De acordo com o Instituto, o consumo interno passará de 11,93 milhões de toneladas para 12,78 milhões de toneladas. Esse consumo representar 27% da produção estimada para a safra 2022/2023, cuja projeção está em 46,65 milhões de toneladas. 

O aumento é influenciado, principalmente, pelo início das atividades da terceira indústria de etanol de milho da FS Bioenergia, em Primavera do Leste. De acordo com informações da FS, a planta vai consumir 1,3 milhão de toneladas do cereal, o que corresponde a cerca de 10% de todo o milho que deve ser consumidor em 2023 no estado.

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Essa planta da FS deve produzir anualmente 585 milhões de litros de etanol, 18 mil toneladas de óleo de milho, 570 mil toneladas de DDG (ração animal), além de 191 megawatts de energia elétrica. A companhia investiu cerca de R$ 2,3 bilhões na planta, que deve gerar 500 empregos diretos e indiretos durante seu funcionamento.

Com a inauguração da nova planta, a FS deve alcançar a capacidade de produzir 2 bilhões de litros de etanol por ano em Mato Grosso. A companhia já conta com duas indústrias no estado, uma em Lucas do Rio Verde e outra em Sorriso. Com a inauguração da nova planta, a FS se tornará uma das 4 maiores produtoras de etanol do Brasil.

Após a inauguração, as plantas da FS serão responsáveis por industrializar quase 4,5 milhões de toneladas de milho, equivalente a 34% do total consumido no estado.

A FS também tem planos de investimento para abrir outras três unidades em Mato Grosso até 2026, com o objetivo de alcançar uma capacidade produtiva de 5 bilhões de litros de etanol por ano. A expansão tem como fundamento a sustentabilidade, apostando na emissão créditos de descarbonização, e tem como objetivo se tornar a primeira empresa do RenovaBio a ter uma pegada de carbono negativa.

A industrialização do milho em Mato Grosso tem avançado de forma exponencial nos últimos anos. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Sindalcool/MT), o estado produzia 1,22 bilhão de litros de etanol em 2016, quando a produção era baseada quase que exclusivamente na cana-de-açúcar.

Já para o ano de 2023, o setor espera produzir cerca de 5 bilhões de litros de etanol, sendo a maioria esmagadora proveniente do milho.

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