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Economia Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025, 21:04 - A | A

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PREÇOS DE AEROPORTO

Cesta básica fecha outubro com tendência de aumento em Cuiabá

Principal responsável pela alta semanal foi o tomate, que registrou aumento expressivo de 13,23%

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Depois de registrar oscilações ao longo do mês, a cesta básica em Cuiabá voltou a subir e encerrou outubro com alta de 0,76% em relação à semana anterior, alcançando o valor médio de R$ 794,70, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). O resultado interrompe a tendência de queda observada na semana passada, quando o custo havia recuado para R$ 788,74.

Mesmo com o reajuste recente, o valor atual segue praticamente estável em relação a 2024, com uma diferença anual de apenas 0,16%, o que, segundo o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, indica uma acomodação nos preços dos alimentos.

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“A cesta básica de Cuiabá encerrou outubro com leve alta, ficando em um patamar muito próximo ao da média observada em 2024, indicando uma estabilidade no ritmo de aumento de preço dos alimentos, em que as variações de preços entre os diferentes produtos têm se compensado ao longo das últimas semanas”, avaliou Wenceslau.

O principal responsável pela alta semanal foi o tomate, que registrou aumento expressivo de 13,23%, com o quilo chegando a custar, em média, R$ 5,96. Segundo o IPF-MT, as temperaturas mais amenas e o período de entressafra reduziram a oferta em algumas regiões produtoras, pressionando o preço para cima.

O comportamento contrasta com o da semana anterior, quando o mesmo produto havia despencado 36,19%, caindo de R$ 8,26/kg para R$ 5,27/kg. Na ocasião, a redução havia sido explicada pela segunda fase da safra de inverno e pelo calor intenso, que acelerou a maturação e ampliou a oferta. Agora, com a safra em declínio, o preço voltou a subir — embora ainda esteja 9,86% mais caro do que há um ano.

Enquanto o tomate pressiona o índice, o arroz segue no movimento oposto. O item apresentou a terceira queda consecutiva, com redução de 6,57% na semana, custando R$ 4,89/kg. De acordo com o IPF-MT, as safras superprodutivas têm mantido o cereal em abundância, o que força os preços para baixo. Na comparação anual, o produto acumula queda de 32,17%, uma das maiores entre os itens da cesta.

A banana também apresentou leve alta de 2,51%, custando, em média, R$ 9,02/kg. O reajuste é atribuído às condições climáticas das últimas semanas, que retardaram o amadurecimento das frutas e reduziram a oferta. Ainda assim, o preço atual é 13,80% menor do que o registrado em outubro de 2024.

INFLUÊNCIA DO CLIMA

Apesar das variações pontuais, o presidente da Fecomércio-MT destaca que o cenário geral é de estabilidade.

“O comportamento recente da cesta básica reflete a forte influência da sazonalidade agrícola sobre os preços, com exemplos de queda ou excesso de oferta gerados pela produtividade da safra ou pelas variações climáticas. Outro fato relevante é a estabilidade anual, que fortalece a tendência de menor influência dos alimentos sobre a inflação”, explicou Wenceslau Júnior.

Os dados mostram que o custo da cesta básica em Cuiabá tem se mantido próximo à média de 2024 — que oscilou entre R$ 780 e R$ 810. Na última semana de outubro, o índice retornou à casa dos R$ 790, praticamente o mesmo patamar observado no início do mês.

PERSPECTIVA

Com o encerramento do período de entressafra de alguns produtos e a retomada gradual da produção de frutas e hortaliças, a expectativa do IPF-MT é que os preços permaneçam estáveis ou registrem pequenas variações até o fim do ano.

Os analistas do instituto apontam que o comportamento dos preços em Cuiabá deve seguir a tendência nacional, com influência direta das condições climáticas, do transporte de alimentos e da demanda de fim de ano, quando o consumo tende a aumentar.

Assim, o mês de outubro encerra com a cesta básica praticamente no mesmo nível de custo observado ao longo de 2024, reforçando o cenário de controle de preços e de impacto moderado dos alimentos sobre a inflação em Mato Grosso.

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