Faltam 22 dias para a esperada Black Friday no Brasil. A expectativa de vendas no varejo é positiva, principalmente para o e-commerce, que conquistou novos adeptos ao longo desta pandemia. Levantamentos já mostram o potencial do evento para o comércio eletrônico deste ano. Estima-se que a Black Friday, no próximo dia 27, supere o recorde de vendas on-line de 2019, com um crescimento de até 77% nas vendas. Se confirmada a projeção, as vendas no canal on-line podem atingir quase R$ 6,9 bilhões.
As projeções citadas acimas fazem parte de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), e levam em consideração o período de véspera da Black Friday de 2020 (26 de novembro) e a terça-feira seguinte (1º de dezembro).
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O mesmo sucesso para as vendas on-line é observado pela empresa de consultoria Gfk, que em seu levantamento identificou que o volume de pessoas realizando compras online já era 43% maior só entre maio e agosto deste ano. Com isso, o estudo infere que a Black Friday deste ano será a ‘mais digital da história’.
O perfil previsto para este ano é um reflexo das mudanças no comportamento dos consumidores durante a pandemia de covid-19. Conforme a pesquisa Gfk, 54% dos consumidores declaram que trocarão as compras da Black Friday de lojas físicas pela compra on-line.
“O prolongamento da pandemia impôs medidas restritivas à operação das lojas físicas. A isso soma-se a própria disposição do consumidor, que pretende privilegiar a compra online durante o evento”, descrevem os pesquisadores.
Por outro lado, a pesquisa Gfk também indica que os descontos deverão ser menores que os praticados em 2019. Parte disso decorre da desvalorização do real frente ao dólar em 2020, que supera 30% e impacta diretamente nos custos de componentes eletrônicos, principal tipo de produto comercializado durante a Black Friday.
“O movimento no câmbio se reflete no preço de todas as linhas de produto. O preço indexado à primeira aparição de cada produto no ano mostra a média do aumento de cada cesta, com repasses maiores para eletroportáteis e informática”, observa a pesquisa Gfk.
Em razão do aumento de custos, a Black Friday deste ano pode ter menos espaço para redução de preços no Brasil. Um fator que sinaliza para isso é o percentual de descontos, acima de 5%, em vendas de eletrônicos nos últimos dois anos. Enquanto a média de unidades promocionais com mais de 5% de descontos atingiu 35% das ofertas em 2018 e 41% em 2019, a média de 2020, até agosto, mantinha-se em apenas 26%.
“Quando olhamos a evolução na venda dos eletrônicos feita com descontos superiores a 5% nos últimos anos, parecemos caminhar para um cenário menos agressivo em 2020”, observa a pesquisa.
Em 2019, o sucesso da Black Friday ocorreu em razão de promoções mais agressivas, como: aumento de volume ofertado em relação ao ano anterior e também descontos maiores, com maior representatividade dos descontos em relação ao ano anterior.
Os itens mais procurados
Segundo a análise feita pela Gkf, os produtos eletrônicos são os com maiores intenções de compra para a Black Friday de 2020. Smartphones, TVs e computadores aparecem com as maiores intenções de compra para o evento. Vendas de notebooks, por exemplo, registraram crescimento devido à necessidade de trabalhar e estudar em casa.
Conforme a pesquisa, 44% dos entrevistados disseram que têm a intenção de comprar um smartphone, 37% querem televisão e outros 36% planejam comprar computadores.