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Economia Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 10:19 - A | A

Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 10h:19 - A | A

EFEITO MILEI

Argentina registra primeiro superávit desde 2008

Gabriel Bussiki*

O presidente argentino Javier Milei anunciou que o governo registrou seu terceiro superávit mensal consecutivo, mudando a perspectiva de muitos analistas do mercado sobre a situação econômica da Argentina, ainda que desafios sigam no radar.

O excedente fiscal foi de 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2024, o primeiro já registrado em um trimestre desde 2008.

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Milei foi contundente ao afirmar em seu discurso que seu compromisso com a redução e extinção dos déficits seria cumprida ao longo do seu mandato.

O país alcançou a marca ao cortar três quartos das transferências para os governos provinciais, diluir a previdência, adiar pagamentos de subsídios (eletricidade, gás natural, entre outros) e suspender quase 90% das obras públicas.
Na avaliação do Bradesco BBI, o discurso do presidente Milei sobre o tão prometido superávit fiscal traz notícias que de certa forma já eram esperadas pelo mercado.

Embora algumas áreas do governo argentino sofrerão com essas medidas drásticas tomadas pelo presidente no intuito de arrumar a casa, este é o único caminho para a recuperação da economia argentina.

O terceiro discurso do presidente em quase cinco meses no poder também visa dar sinais de luz no fim do túnel e continuar a construir credibilidade para pressionar o Congresso a aprovar as mudanças necessárias para fazer avançar as políticas liberais do governo.

O mercado esperava que algum anúncio adicional fosse feito, porém, Milei não trouxe mais medidas.

“Pensamos que a remoção das restrições cambiais requer níveis sólidos de acumulação líquida de reservas por parte do Banco Central argentino, o que poderá ocorrer durante o segundo semestre se o país obtiver ajuda externa (talvez do FMI)”, avalia o banco.

O BBI destaca que o esforço para continuar a alcançar excedentes fiscais nos próximos trimestres será cada vez mais difícil, uma vez que haverá pressão de gastos com o ajuste da previdência, a necessidade de pagar subsídios e provavelmente ajudas sociais.

 

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