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Cidades Sábado, 25 de Setembro de 2021, 18:02 - A | A

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CIÊNCIA

Pesquisadores estudam DNA Ambiental para mapear efeitos dos incêndios no Pantanal

Conteúdo servirá para embasar políticas públicas a serem oferecidas aos gestores públicos

Assessoria de Imprensa

Depois dos trágicos incêndios de 2020 no Pantanal, que levaram a morte de milhares de animais e cuja fumaça se sentiu até no sul do país, pesquisadores lançaram um projeto inovador para entender as consequências dos incêndios e obter informações que auxiliarão os governantes nas tomadas de decisão. O projeto, chamado “Rede Pantanal de Pesquisa / PPBio: Desenvolvimento de Instrumentos para Compreensão, Gestão e Prevenção de Incêndios Catastróficos no Bioma Pantanal”, teve início em julho deste ano.

Estes experimentos avaliarão os efeitos do fogo, na prática, sobre comunidades de microrganismos, animais e plantas, e também no solo do Pantanal através de técnicas modernas utilizando DNA Ambiental. Apesar de existirem alguns estudos pontuais, a novidade deste projeto será sua ampla escala, pois será realizado em diferentes áreas do Pantanal nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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O projeto também nasceu da demanda da sociedade por conhecimentos científicos que ajudem a embasar políticas públicas de manejo de campos pantaneiros com o uso do fogo aliado à necessidade de se entender os efeitos do fogo no Pantanal. Assim, espera-se que seja possível desenvolver um manejo eficiente e de menor impacto ambiental, através da orientação de ações de manejo integrado do fogo que atendam às necessidades econômicas e sociais, aliadas às de conservação ambiental e prevenção de incêndios catastróficos como os de 2020. No ano passado, as chamas atingiram mais de 4 milhões de hectares e superaram em 10 vezes a área de vegetação natural perdida em 18 anos.

Os experimentos estão sendo feitos em campos do Pantanal que, apesar de representarem apenas uma parte das vegetações afetadas pelo incêndio de 2020, são justamente as áreas com o maior potencial para o alastramento de incêndios e, ao mesmo tempo, com maior importância econômica para a pecuária.

Além disso, esse tipo de vegetação tem associada uma flora e fauna bem características. Diante deste contexto desafiador, o projeto inédito deve trazer respostas da melhor época para a realização do manejo que aliem as necessidades de produção e de conservação, para que seja possível orientar políticas públicas como a de Manejo Integrado do Fogo e assim evitar a ocorrência de incêndios florestais. Iniciativas semelhantes já estão em andamento em Terras Indígenas e Unidades de Conservação Federais nos Bioma Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Nestas áreas reduziu-se a ocorrência de incêndios florestais, a emissão de gases do efeito estufa e os conflitos entre órgãos ambientais e comunidades e aumentou a proteção de ambientes sensíveis ao fogo com os florestais.

O projeto, que tem duração prevista até dezembro de 2022, também focará em questões sociais e de monitoramento por satélite, buscando responder questões sobre os efeitos do fogo no Pantanal, além de considerar fatores que potencializam seu efeito (efeitos sinérgicos) com diferentes graus de inundação, já que o Pantanal é uma savana úmida.

Dentre essas areas com diferentes graus de inundação, duas estão em Mato Grosso do Sul: a Terra Indígena Kadiwéu, em integração com o “Projeto Noleedi”, e a área experimental da UFMS em Corumbá, em associação com o Projeto de Longa Duração (PELD) “Estudo de longa duração dos efeitos do fogo ao longo do gradiente de inundação no Pantanal”. Uma terceira área está situada em Mato Grosso, na Reserva Particular do Patrimônio Natural do SESC.

Para atender as necessidades de um projeto nesta escala, diversas instituições e pesquisadores estão articulados em uma estrutura de rede. Com recursos advindos do Governos Federal - através do MCTI/FINEP, “Projeto Rede Pantanal” - e Estadual de Mato Grosso - através da FAPEMAT, “Projeto MIF Pantanal: Avaliação do Impacto do Fogo sobre a Biodiversidade e o Solo, Contribuições para o Estabelecimento do Manejo Integrado do Fogo no Pantanal”.

No trabalho, há pesquisadores e gestores do CENAP/ICMBio, Prevfogo/Ibama, INPE, INPA, CEMADEN, EMBRAPA, UFMG, UFMT, UFMS, UnB, UFRGS, UFRN, UFGD, IFMS, INAU, INPP, MUPAM, LASA/UFRJ, UERJ, UEMS, USP, UNEMAT, SEMA-MT, Smithsonian Institution, Instituto Emilio Goeldi, Instituto Arara Azul, Instituto Homem Pantaneiro, Panthera, IPE, Sesc Pantanal e WWF trabalhando de forma integrada.

Ricardo E. Vicente (UFMT), Christian Niel Berlinck (ICMBio-CENAP), Thiago Izzo (UFMT), Filipe V. Arruda (INPP / IPAM), Luanne H. A. Lima (ICMBio-CENAP), Tiago Toma (Rede Pantanal),  Geraldo W. Fernandes (UFMG)

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Assessoria

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