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Cidades Sexta-feira, 20 de Novembro de 2020, 17:18 - A | A

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ALERTA!

Golpe financeiro faz vítima perder R$ 16 mil em Várzea Grande

Priscilla Silva

Mais um golpe realizado em nome de instituições financeira está ocorrendo na região metropolitana de Cuiabá. Uma das últimas vítimas dos estelionatário foi A.P.E, de 60 anos, moradora de Várzea Grande. O golpe começou por uma chamada telefônica em nome da Caixa Econômica Federal e resultou em um prejuízo de R$ 16 mil, na última segunda-feira (16).

Ao atender uma chamada telefonica, a filha da vítima, A. M., no início não desconfiou que a interlocutora do outro lado da linha fosse uma golpista. “Ela se identificou como da Caixa Econômica, que estava comunicando que o cartão da conta poupança da minha mãe estava clonado e que tinham feito compras em nome dela”, conta A.M.

Para surpresa da vítima, a suposta funcionária da Caixa foi capaz de descrever, em detalhes, todos os dados bancários da conta bancaira da mãe, inclusive o saldo e até o endereço residencial.

“Na hora eu desconfiei e disse que era golpe, mas ela [golpista] disse que, caso eu desconfiasse, ligasse para o número 0800 que estava atrás do cartão de crédito da minha mãe. Foi o que fiz, desliguei o telefone e liguei. Logo tocou aquela música de atendimento da Caixa e a atendente falou comigo, confirmando tudo. Pediram para que eu entregasse o cartão em uma agência da Caixa, mas que devido à pandemia um serviço de recolhimento desses cartões estava fazendo isso”, recorda a filha da vítima.

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Neste momento, os articuladores do golpe já tinham fisgado a vítima. Pois, a confiança da jovem foi conquistada uma vez que a 'própria Caixa' confirmou a clonagem do cartão.  Para garantir a outra etapa da ação criminosa, a golpista fez com que a vítima permanecesse na liga até que um funcionário da Caixa chegasse para recolher o cartão. Ao todo, foram 2h30 ao telefone.  “Chegou um rapaz vestido com roupa social em um veículo Pálio, com identificação do banco, tudo certinho”, recorda A.M.

Instituições financeiras no Brasil não fazem recolhimento de cartões de crédito em residências. Qualquer ligação com essa orientação deve ser comunicada à polícia.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos.


“Seja pelo telefone, por e-mail, pelas mídias sociais, SMS, o fraudador solicita dados pessoais do cliente, como números de cartões e senhas, em troca de algo, ou ainda induz o usuário a ter medo de alguma situação”, alerta Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN. Os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos.”

 

Atenção ao telefone!

A vítima do caso só foi convencida de que não se tratava de um golpe após, deligar o telefone e ligar para o número indicado atrás do próprio cartão de crédito. Porém, os estelionatários fazem uso de uma brecha do sistema telefônico. Quando a vítima desliga o telefone, o golpista permanece na linha e após perceber que ela discou todos os números do cartão da Caixa, tocam a vinheta da chamada e em seguida a própria golpista “atende” a vítima.

“Eu estava preocupada achando que eles tivessem clonado a minha linha telefônica também”, desabafa a filha da vítima ao descobrir mais uma estratégia dos estelionatários para fisga-la.

O Golpe

O golpe pelo qual a moradora de Várzea Grande caiu é similar a crimes já relatado junto à Caixa Econômica, como o golpe do Motoboy.

Motoboy / Falsa Central / Compra Equivocada:

O golpista liga se passando por um funcionário do banco ou da administradora de cartões, muitas vezes informando os dados verdadeiros do cliente para passar credibilidade, e afirma que o cartão foi clonado ou que há compras suspeitas, sendo necessário o cancelamento do cartão. Para efetuar o cancelamento, orienta o cliente a digitar alguns dados no telefone, entre eles a senha do cartão, e para concluir o cancelamento, orienta o cliente a cortar o cartão ao meio que um motoboy irá buscar o cartão na residência do cliente ou em outro local para segurança da operação.

Com os dados do cliente, a senha e o chip em mãos, os golpistas fazem diversas compras no cartão, gerando prejuízos de milhares de reais.

Como se prevenir

​Caso você desconfie de alguma ligação vinda da Caixa, desligue o telefone e retorne para a Central de Atendimento Cartões Caixa, ligando de outro número de telefone ou preferencialmente 5 minutos após a ligação suspeita. (os golpistas grampeiam o telefone do cliente por até 2 minutos após a finalização do contato, mesmo o cliente ligando para o número informado no cartão ou no site da CAIXA é o fraudador quem “atende” a ligação do cliente).

Os números de telefone podem ser encontrados no site da Caixa ou no verso do seu cartão.

A Caixa nunca recolhe cartões bancários, mesmo que inutilizados.

Pedir que o cliente digite ou informe​ senhas também não é uma prática do banco.

Caso precise jogar fora um cartão, destrua-o completamente, cortando seu chip ao meio, e nunca o entregue a ninguém.

Alguns golpes praticados por estelionatários e como evita-los podem ser consultados no site da a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Veja aqui alguns deles! 

TROCA DE CARTÃO

O que é?

Ao entregar a maquininha para digitar a senha, o bandido se aproveita de alguma distração ou usa algum truque para desviar a atenção do comprador, que, sem perceber, digita a senha no campo de valor, em que aparecem os números digitados e não asteriscos. O golpista consegue, assim, roubar a senha. Ainda aproveitando a falta de atenção, ele troca o cartão e devolve um similar e até do mesmo banco. E o consumidor só vai perceber a troca ao tentar usar o cartão novamente.

Como evitar?

Fique sempre atento ao seu cartão e confira-o na devolução. Veja se a senha está sendo digitada na tela certa. Lembre-se que o campo de senha mostra apenas asteriscos, nunca os números digitados. 

DUPLA OPERAÇÃO OU VALOR ERRADO

O que é?

O bandido finge que o cartão não passou na maquininha e alega um problema qualquer do aparelho. Em seguida, ele pega outra maquininha e cobra novamente o valor (o mesmo, ou maior). O truque só é percebido ao se conferir o extrato, que revela o prejuízo.

Como evitar?

Sempre peça e confira o recibo, para ver se a operação foi realizada corretamente. E, se algo der errado, você sempre pode pedir para cancelar a operação imediatamente.

 

 

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