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Cidades Quarta-feira, 12 de Outubro de 2022, 08:00 - A | A

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ATENÇÃO, PAIS!

Fiocruz alerta para aumento de casos de síndrome respiratória entre as crianças

Cátia Alves

Editora-adjunta

Nem só de dica de presentes e quais as melhores brincadeiras para comemorar o Dia das Crianças é feito o dia 12 de outubro. Tudo isso é importante, mas sabe o que também é preciso ser dito? Que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu principalmente entre o público infantil, de 0 a 11 anos. O dado preocupante foi divulgado no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desta semana.

Dez das 27 capitais brasileiras apresentam sinal de crescimento de casos de SRAG na tendência de longo prazo, entre elas Cuiabá, seguida de Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Macapá (AP), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e São Paulo (SP). Na maioria delas, o aumento de casos é concentrado em crianças.

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Entre os adultos, o estudo aponta queda no número de casos de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e crescimento moderado na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 39, período de 25 de setembro a 1° de outubro, inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 3 de outubro.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 21.4% para influenza A; 1.2% para influenza B; 11.2% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 41.6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 5.0% para influenza A; 0.0% para influenza B; 0.0% para VSR; e 89.1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Segundo o boletim, o crescimento pode estar associado ao aumento de casos de Influenza tipo A ou a intercorrências respiratórias em função do início da primavera.

Pequenos em risco

Em junho deste ano, o Instituto Butantan publicou afirmando que doenças erradicadas no Brasil poderiam voltar. Não demorou muito para que isso acontecesse. Há menos de uma semana, um caso suspeito de paralisia infantil registrado no Pará acendeu um alerta: a falta de imunização das crianças abriu brecha para o retorno da doença, que há 30 anos não era registrada em território brasileiro.

Segundo uma pesquisa do IBOPE Inteligência, realizada em agosto de 2020, três em cada dez crianças brasileiras não foram imunizadas contra doenças potencialmente fatais. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também alertou que desde 2015 ocorre uma queda da cobertura vacinal entre menores de 5 anos.

Com a pandemia do novo coronavírus, a situação se agravou. De acordo com a entidade, em 2019 a cobertura vacinal contra sarampo, caxumba e rubéola era de 93,1%. Já em 2021, os números caíram para 71,5%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma abrangência mínima de 95%.

A vacinação contra a covid-19 também está abaixo das expectativas. Em Mato Grosso, por exemplo, a vacinação infantil de crianças de 3 a 4 anos atingiu apenas 2,10% do público vacinável. Entre 5 a 11 anos, chegou a 44,79%. Esses números são referentes apenas à 1ª dose. Quando observamos as doses de reforço, é ainda pior.

Mortes por covid-19

A imunização contra o coronavírus é a única forma de evitar casos graves da doença, como internações devido ao agravamento dos sintomas. Em Mato Grosso, 47 crianças com idade de 1 a 11 anos perderam a vida para a covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020. Os dados são do Painel Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), atualizados nesta terça-feira, 11 de outubro.

Destaca-se que crianças na faixa etária de 2 anos foram as que mais morreram vítimas da covid-19. Foram 14 vidas perdidas. Em seguida, foram 11 mortes entre crianças de 3 anos, e 7 óbitos entre as crianças de até 1 ano.

Por isso, neste dia 12 de outubro, destacamos que o carinho para com os pequenos na hora de presenteá-los pelo dia é importante, mas muito além de só presentear, é importante cuidar. Levar a criança até um posto de saúde para receber uma ‘picadinha’ de proteção colabora para que elas brinquem e aproveitem o melhor da vida ao lado de quem é responsável pelo bem-estar delas.

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