A modalidade de ensino a distância (EaD) tem sido cada vez mais procurada por estudantes que buscam estudar de qualquer lugar, sem abrir mão da qualidade da educação. Os dados da 15ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil apontam um crescimento de 326% nas matrículas em cursos remotos entre 2013 e 2023.
Entre 2022 e 2023, as matrículas subiram 13,4%, o que representa 4,91 milhões de alunos nesta modalidade. No entanto, com as mudanças recentes, especialmente nas áreas de saúde, muitos se questionam: quais cursos ainda estão disponíveis neste formato?
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Mudanças na regulamentação do EaD e a área da saúde
Em maio de 2025, o Ministério da Educação (MEC) lançou a Nova Política de Educação a Distância, com o objetivo de garantir mais qualidade nesta modalidade de ensino. Com o decreto, diversos cursos da área de saúde tiveram sua oferta restringida, como Medicina, Enfermagem, Psicologia e Odontologia, que agora devem ser exclusivamente presenciais.
Porém, algumas graduações ainda permanecem como caminhos viáveis para os interessados. Cursos como Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional podem ser realizados em formato EaD, com algumas especificações importantes.
A principal delas é que os cursos devem adotar o modelo semipresencial ou híbrido, ou seja, uma parte da carga horária deve ser realizada na instituição ou em laboratórios. Além disso, devem ser estabelecidas atividades como estágios, práticas laboratoriais e atividades interativas síncronas.
Terapia Ocupacional EaD: uma das opções
Na área da saúde, um curso que continua disponível é a Terapia Ocupacional. Esta graduação, que visa a formação de profissionais capazes de atuar na reabilitação física, mental e social de pacientes, pode ser feita na modalidade semipresencial.
Segundo o MEC, a possibilidade de oferecer a Terapia Ocupacional EaD se deve à natureza do curso, que permite o ensino teórico a distância, mas exige atividades presenciais para a prática supervisionada em ambientes de estágio. Assim, o estudante tem acesso à flexibilidade, mas também vive uma experiência prática indispensável para sua formação profissional.
Vale lembrar que, para escolher uma instituição de ensino, é fundamental verificar se a mesma está devidamente credenciada pelo MEC e se possui polos de apoio com infraestrutura adequada, que contemplem laboratórios, espaços para atividades práticas e, principalmente, um corpo docente qualificado.
Vantagens e limitações do EaD na área da saúde
Uma das principais vantagens são os horários, por permitir que o aluno concilie os estudos com outras atividades pessoais e profissionais. Para quem não tem disponibilidade de se deslocar para um campus presencial, a modalidade pode ser uma excelente opção.
O modelo semipresencial e híbrido possibilita que o aluno tenha acesso a conteúdos teóricos online, complementados por atividades presenciais que garantem a formação prática necessária para a atuação na área de saúde.
Por outro lado, uma das principais limitações do EaD na área da saúde é a dificuldade de realizar atividades práticas essenciais à formação, como estágios supervisionados e atendimentos diretos com pacientes.
A falta de contato físico direto com professores e colegas pode limitar a troca de experiências e o desenvolvimento de habilidades interpessoais importantes para a profissão.
O futuro do EaD na área da saúde
A tendência é que o formato semipresencial seja cada vez mais comum para aqueles cursos que exigem tanto a parte teórica quanto a prática. A adaptação do setor de saúde ao EaD exige uma reavaliação constante das metodologias de ensino, com foco na qualidade e no aprimoramento das técnicas pedagógicas.
