Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda de campanha nesta sexta-feira (14) em Duque de Caxias (RJ).
Ao discursar para seus apoiadores, Bolsonaro chamou o extinto Bolsa Família de "esmola" e criticou o PT e o ex-presidente Lula.
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Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro disse que o governo dele "está dando certo" e pediu aos presentes que votem nele.
Bolsonaro chegou ao ato por volta das 11h. Aliados do presidente acompanharam a agenda, entre os quais o governador reeleito do Rio, Claudio Castro (PL), o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, eleito deputado federal, e o senador Romário (PL-RJ).
Durante o ato o palco onde estavam Bolsonaro e seus convidados cedeu levemente (veja no vídeo abaixo):
Epa!!!! Palco do comício de Bolsonaro em Duque de Caxias quase cai. No discurso ele chamou o Bolsa Família de “esmola”. Sinais… pic.twitter.com/d75SGoXlRF
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) October 14, 2022
Quando o presidente foi chamado ao palco, houve princípio de tumulto. Alguns dos convidados que estavam no palanque se empurraram.
Depois, quando Bolsonaro chegou, a confusão terminou.
Críticas ao PT e a Lula
Ao discursar para seus apoiadores, Bolsonaro defendeu ações do governo e chamou o extinto Bolsa Família, atual Auxílio Brasil, de "esmola".
O candidato à reeleição também criticou as gestões petistas e defendeu temas da pauta conservadora.
"Hoje, nós atendemos aos mais pobres com projeto social de verdade, não uma esmola como era o Bolsa Família. Hoje, os mais humildes, os mais pobres recebem no mínimo R$ 600. E vocês sabem por que conseguimos pagar isso? Porque no meu governo não tem corrupção", declarou o presidente.
Bolsonaro, com aval do Congresso, elevou o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 às vésperas do primeiro turno. E o reajuste só vale até dezembro deste ano.
Ainda no discurso desta sexta, o candidato disse que, se reeleito, buscará aprovar a redução da maioridade penal, pauta que tem defendido desde que era deputado.
O atual presidente da República também criticou o PT e o ex-presidente Lula, afirmando que "os petistas só resolvem os problemas deles mesmos".
"O ladrão não levou água para o Nordeste e agora está dizendo que vai dar picanha para o povo. Só acredita quem quer", declarou Bolsonaro a seus apoiadores.
Uma das tônicas de Lula é dizer que, se eleito, adotará medidas para melhorar a economia e, assim, criar condições para que a população possa ter dinheiro para consumir itens como picanha e cerveja.
Embora Bolsonaro tenha participado de cerimônias de inauguração de trechos da obra de transposição do Rio São Francisco, as obras começaram no governo Lula (2003-2010).
Desempenho no primeiro turno
Bolsonaro disputa o segundo turno com o ex-presidente Lula (PT). A votação está marcada para o próximo dia 30.
No primeiro turno, Bolsonaro ficou atrás de Lula. O atual presidente da República obteve 51 milhões de votos (43,2%), enquanto Lula recebeu 57 milhões de votos (48,4%).
Conforme apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro recebeu no Rio de Janeiro no primeiro turno 4,8 milhões de votos (51,09%), e Lula, 3,8 milhões de votos (40,68%).
Pesquisas eleitorais
Nas pesquisas sobre intenção de voto no segundo turno, Bolsonaro aparece atrás de Lula.
Levantamento do instituto Ipec divulgado na última segunda-feira (10), por exemplo, mostrou o atual presidente da República com 42% das intenções de voto (45% dos votos válidos), enquanto Lula apareceu com 51% das intenções de voto (55% dos votos válidos).
O colunista do g1 Valdo Cruz informou que aliados de Bolsonaro avaliam que o presidente cometeu uma série de erros desde que começou a campanha do segundo turno, entre os quais:
- ir a Aparecida no Dia de Nossa Senhora;
- fazer ameaças ao Supremo Tribunal Federal;
- conceder entrevistas em tom destemperado.
Conforme o Blog do Valdo Cruz, integrantes do comitê de Bolsonaro avaliam que o presidente deveria buscar votos dos eleitores mais moderados, que não compactuam com ataques às instituições e que podem acabar votando em Lula no segundo turno.