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Brasil Quinta-feira, 15 de Maio de 2025, 15:24 - A | A

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Policial federal falava em "matar meio mundo" e decapitar Alexandre de Moraes

g1

A Polícia Federal acrescentou novos elementos de prova ao relatório sobre a trama golpista e esclareceu como conseguiu ter acesso a essas informações.

São os áudios revelados pela TV Globo sobre como o policial federal Wladimir Soares planejava "matar meio mundo" para atentar contra a democracia, viabilizar um golpe de Estado e eliminar pessoas consideradas obstáculos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Em um dos relatórios enviados nesta quarta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF relata que o policial registrava boa parte das conversas de teor criminoso num computador funcional da instituição. Os investigadores, por meio do backup desse notebook, conseguiram resgatar essas conversas.

“A Polícia Federal logrou êxito em recuperar o arquivo de backup do aplicativo WhatsApp, que estava armazenado, em sua maioria, no notebook funcional do indiciado, identificando registro de conversas relevantes para o contexto investigativo”, diz o o documento.

Segundo a PF, os áudios e mensagens são “novos elementos de prova, que ratificam o contexto fático criminoso descrito no relatório final da investigação”.

Em se tratando de novos dados, as informações só podem ser incluídas no julgamento em curso no STF sobre a tentativa de golpe caso os advogados já tenham tido acesso e tenham conseguido enviar suas defesas sobre os elementos ao STF.

O ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (15) encaminhou as novas informações para conhecimento das defesas de todos os denunciados na trama golpista.

‘Matar meio mundo’, diz policial em áudio

A perícia da Polícia Federal em aparelhos do agente Wladimir Soares revelou áudios em que ele menciona um grupo armado preparado para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele também admite que a equipe estava disposta a usar força letal, acrescentando que iriam "matar meio mundo" se necessário.

Além disso, o policial critica o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele "deu para trás" ao não autorizar ações mais drásticas para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Wladimir foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Inicialmente investigado por enviar mensagens com informações sobre a segurança de Lula para servidores ligados a Bolsonaro, o policial federal teve celulares e aparelhos eletrônicos apreendidos pela PF no mesmo dia em que foi preso preventivamente.

Ainda segundo os investigadores, o policial federal "admitiu, em mensagem de áudio, que integrava uma equipe de operações especiais, que estava pronta para defender o então presidente Jair Bolsonaro, com um poder de fogo elevado para, em suas próprias palavras, 'empurrar quem viesse à frente'".

Planos para prender ministros

Em um dos áudios, Wladimir revela que ele e sua equipe estavam prontos para prender o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do STF, caso Bolsonaro tivesse autorizado.

"A gente tava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar na equipe, ia botar para f** nesse f**, mas não é assim", disse o policial na gravação.

Ele também menciona que a operação só não aconteceu porque Bolsonaro não deu a ordem esperada.

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