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Brasil Segunda-feira, 14 de Julho de 2025, 08:35 - A | A

Segunda-feira, 14 de Julho de 2025, 08h:35 - A | A

DESACELERAÇÃO

No 1º tombo em 2025, 'prévia do PIB' do Banco Central tem retração de 0,7% em maio

g1

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta segunda-feira (14), mostrou retração de 0,7% em maio na comparação com o mês anterior.

O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes.

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Maio representou a primeira queda do indicador neste ano. A última vez que o IBC-Br teve contração foi em dezembro do ano passado (-0,9%).

Na comparação com maio de 2024, a chamada prévia do PIB do BC teve alta de 3,2% (sem ajuste sazonal).

Na parcial do ano, a alta do indicador foi de 3,4% e, em doze meses até maio de 2025, o crescimento foi de 4%.

O IBC-Br é considerado um tipo de "prévia" mensal do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que mede a evolução da economia.

Analistas veem desaceleração em 2025

O ritmo de crescimento da economia brasileira surpreendeu os economistas ao registrar uma expansão de 3,4% em 2024, bem acima das expectativas iniciais.

Para este ano, entretanto, o cenário projetado pelos analistas é de desaceleração do ritmo de crescimento da economia, sobretudo por conta do processo de alta dos juros (para conter a inflação) que vem sendo implementado pelo Banco Central nos últimos meses.

Para 2025, a projeção do mercado financeiro é de uma expansão de 2,23%, bem abaixo do crescimento registrado no ano passado.
O Banco Central, por sua vez, tem explicado que conta justamente com uma desaceleração da economia em 2025 para conter pressões inflacionárias.

A instituição tem indicado que, enquanto não houver sinais mais claros de contenção da atividade, deve manter uma política mais dura de juros.

Em maio, o BC informou que o juro alto já está freando a economia e estimou que o impacto nos empregos deve se aprofundar.

Em junho, o Copom elevou a taxa básica de juros para 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos. E indicou que deve manter a taxa estável por um período prolongado de tempo.

A maior parte dos economistas do mercado financeiro acredita que o Copom deve começar a baixar os juros somente em 2026.

PIB x IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

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