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Brasil Terça-feira, 03 de Novembro de 2020, 14:59 - A | A

Terça-feira, 03 de Novembro de 2020, 14h:59 - A | A

IMUNIZAÇÃO

Governadores se encontram com Maia e Alcolumbre para discutir vacina contra Covid

Reuniões, em Brasília, ocorrem em meio a embates políticos envolvendo eventual compra de vacina pelo governo e também a obrigatoriedade ou não da imunização.

Luiz Felipe Barbiéri | G1

Governadores se reuniram nesta terça-feira (3), em Brasília, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir a vacinação da população brasileira contra a covid-19.

Entre os presentes estavam os governadores do Piauí, Wellington Dias; do Espírito Santo, Renato Casagrande; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e do Mato Grosso, Mauro Mendes.

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Os encontros acontecem em meio ao aumento dos embates políticos envolvendo a compra de uma eventual vacina e também a obrigatoriedade ou não da imunização.

O governador do Piauí, Wellington Dias, disse a jornalistas, antes da reunião com Maia, que os governadores defendem que o Brasil adote a primeira vacina que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) testar e autorizar.

"A defesa que nós governadores fizemos - e digo aqui, também as entidades dos municípios - é que a primeira vacina que tiver autorização, que tiver aprovação científica, é ela que o Brasil tem que adotar", afirmou Dias.

"Nós temos interesse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa estejam à disposição da população brasileira o mais rápido possível. Esse é o nosso interesse", afirmou o governador do ES, Renato Casagrande.

Embate sobre a vacina

O presidente Jair Bolsonaro tem se pronunciado contra a obrigatoriedade da vacinação. Ele também tem dito que o governo federal não vai comprar uma eventual vacina produzida por laboratórios da China, que está entre os países em processo mais avançado de desenvolvimento do produto.

Em outubro, Bolsonaro chegou a desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia anunciado um acordo para a compra de milhões de unidades da CoronaVac, vacina que deve ser produzida pelo Instituto Butantan, controlado pelo governo de São Paulo, mas que está sendo desenvolvida por um laboratório chinês.

Diante da polêmica, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse prever que haverá judicialização dos critérios a serem utilizados para a vacinação contra a Covid. Depois disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu o entendimento entre os poderes Executivo e Legislativo para tratar do tema e evitar que a resposta venha da Justiça.

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